Você já ouviu falar em Transtorno Dismórfico Muscular, também conhecido como Vigorexia ou Síndrome de Adonis? Provavelmente já, mas não está ligando o nome à pessoa. Leia com atenção, pois é algo mais comum do que a gente imagina no meio dos praticantes de atividade física. É importante que você saiba que isso existe.

O Transtorno Dismórfico Muscular é uma síndrome que leva a pessoa a ter uma visão patológica sobre o próprio corpo, que leva seus portadores a acreditar que eles possuem uma musculatura muito pequena, fraca e frágil para seu corpo. São aquelas pessoas que costumam malhar muito, usar todo tipo de suplementação e, mesmo com uma musculatura desenvolvida, sempre se acham fracos. É como se fosse uma anorexia, mas em vez da pessoa se achar gorda, ela se acha muito magra.

Não é vaidade. Não é frescura. É doença. Tal qual a anorexia, a pessoa realmente se vê de outra forma no espelho. A visão que ela tem de si mesma não corresponde à realidade. A forma mais fácil de identificar uma pessoa que tem uma idéia patologicamente equivocada do seu corpo é pedir para que ela desenhe seu corpo com giz em um espelho e depois se posicione no local do desenho. Normalmente pessoas com qualquer tipo de dismorfia corporal fazem um desenho absurdamente fora da realidade, achando-se muito mais gordas ou muito mais magras do que são.

Os sintomas muitas vezes passam despercebidos porque são confundidos com persistência, força de vontade e determinação. A pessoa fica obcecada com o aumento de massa muscular, sacrificando sua saúde, seu lazer e seu bem estar para tentar ganhar músculos. A reação da pessoa quando é obrigada a parar de treinar por algum motivo de força maior é exagerada, muitas vezes indicando um quadro depressivo. Infelizmente a pessoa afetada não consegue perceber que está doente e insiste em sobrecarregar seu corpo acreditando que não possuí músculos suficientes.

Além de sobrecarregar o organismo com excesso de exercícios, a vigorexia pode levar seu portador a atitudes extremas e perigosas para sua saúde, como o uso indiscriminado de anabolizantes. É provável que a musculatura conquistada nunca seja o bastante.

Pessoas que se portam desta forma precisam de ajuda médica, não de broncas. O grande problema é convencê-las de que estão doentes. A experiência me diz que, se tiver ajuda externa, em algum momento a pessoa acaba percebendo a inversão de valores que está fazendo. É crucial que amigos e familiares saibam que não se trata de “burrice”, “egoísmo” nem mesmo de uma escolha. A pessoa está doente. Precisará de acompanhamento médico e psicológico, assim como portadores de anorexia.

Caso você se depare com alguém nestas condições, lembre-se do que leu aqui. Não devemos sentir raiva nem recriminá-los, apenas tentar ajudar da melhor forma possível. Todos nós estamos sujeitos a problemas psicológicos, psiquiátricos e neurológicos, não é demérito adoecer. E se você acredita que possa estar sofrendo de Vigorexia, procure ajuda profissional, ainda que seja para descartar este diagnóstico e ter paz de espírito.

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